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Património

Fábrica da Pólvora

O nome de Barcarena está indelevelmente ligado à sua Fábrica da Pólvora que funcionou ininterruptamente desde os primórdios do Século XVI, até 31 de Novembro de 1972, ano da última grande explosão que viria a provocar 6 mortos e que ditou o seu definitivo encerramento em 1988. O Município de Oeiras viria a adquirir todo o complexo e os seus cerca de 44 hectares, procedendo àquilo que ainda hoje é considerada a maior reabilitação do património arquitetónico e industrial no nosso País, sendo inaugurada a 07 de Junho de 1998. Neste momento, todo o complexo constitui-se como um dos pontos mais importantes de cultura e lazer no Concelho de Oeiras, podendo aí ser apreciados: O Museu da Pólvora Negra; o Centro de Estudos Arqueológicos do Concelho de Oeiras; a Universidade Atlântica; a Galeria das Azenhas a Casa  e a Caldeiras dos Engenhos, o Pátio do Enxugo, palco onde decorrem várias atividades culturais ao longo do ano, nomeadamente o já bem conhecido Programa “Sete Sóis Sete Luas”, entre outros.

Povoado Pré-Histórico de Leceia

A exploração arqueológica operada de forma metódica e coordenada pelo Professor João Luis Cardoso, pôs a descoberto uma das estações arqueológicas mais importantes, no seu género, da Península Ibérica e, mesmo, da Europa Ocidental. Nela se encontram representadas sucessivas etapas cronológico-culturais, desde o Neolítico final (3.200-3.000 anos a.C.) até ao Calcolítico pleno e final, representado pela emergência das cerâmicas campaniformes, ocupando a segunda metade do III milénio a.C. Ao longo de cerca de 1.000 anos de ocupação, assistiu-se à construção de um imponente dispositivo defensivo, constituído por muralhas e bastiões, organizado em 3 linhas. A construção desta fortificação em sítio alto e defensável, constituindo esporão rochoso debruçado sobre o vale da Ribeira de Barcarena, que domina do alto da sua encosta direita, revela as necessidades de segurança de pessoas e bens, estes provavelmente decorrentes da acumulação de excedentes da produção agrícola, resultante do desenvolvimento de uma bem sucedida economia agro-pastoril. Desconhecem-se ainda as razões que motivaram o seu abandono no final do Calcolítico. A Estação Arqueológica pode ser visitada mediante marcação prévia e a Sala de Arqueologia, onde está guardado grande parte do acervo das escavações, está aberta ao público na Fábrica da Pólvora de Barcarena.

Igreja Matriz de S. Pedro de Barcarena

A Igreja Paroquial de São Pedro de Barcarena apresenta uma planta longitudinal composta pela justaposição de dois retângulos (nave e capela-mor).

A ligar a nave e a capela-mor está o arco triunfal, de volta perfeita, superiormente delimitado por duas pinturas sobre tela, com simbologia religiosa sobre um fundo azul e dois retábulos colaterais, em talha dourada, do estilo Barroco Nacional (finais do século XVII, princípios do século XVIII), em cuja parte superior estão dois quadros com pintura sobre tela. Do lado direito, está a Adoração dos Magos, uma pintura que, por afinidades estilísticas, poderá ser da autoria de Bento Coelho da Silveira (finais do século XVII). Do lado esquerdo, está a Adoração dos Pastores, uma obra da segunda metade do século XVIII. A Adoração dos Pastores poderá ser atribuída, sem grande margem de dúvida, ao pintor Miguel António do Amaral.

Toda a Igreja reúne, no seu interior, um conjunto de soluções artísticas e decorativas de grande valor (entre outros, retábulos em talha dourada e policromada, pinturas sobre tela, pinturas murais e painéis azulejares). De destacar a interessante utilização de técnicas imitativas, com recurso a marmoreados e veiados em diversos elementos decorativos da Igreja: balaustradas, guarnição de vãos, portas e janelas, peças de mobiliário, entre outros.

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